Combustíveis fósseis, lithium e organização do espaço e tempo físicos e audiovisuais

Parece-me impossível termos uma frota automóvel na UE até 2031 e depois,  totalmente eléctrica, dado muito simplesmente, as baterias necessárias à motorização e movimento de veículos serem de uma tal dimensão, actualmente servem até como lastro, encontrando-se em toda a área por baixo dos assentos dos passageiros e para isso como se tratam de minérios, na minha opinião com alguma carga eléctrica, sendo mais ou menos radiativos, e tendo em conta que quanto menos radioativos mais matéria será necessária entraría-mos de novo no tempo das minas, teria-mos de escavar para nos movimentar-mos.
Para os combustíveis fósseis basta um furo.
Apesar disso, e como o nosso país é rico em volfrâmio, e é também segundo o que li o 6° país do mundo com maiores reservas de lithium, teremos forçosamente de cavar, mas para fornecer minério que suporte as baterias de telemóveis, computadores, leitores de mp3 e colunas de som, comandos de televisão e todos os presentes e futuros dispositivos que necessitem de baterias baseadas no lithium e necessitem de uma muito pequena tensão.
É preciso ter em conta que a UE depende da indústria automóvel, mas que hoje 55% da população mundial vive em cidades, e a ONU prevê que em 2050, 70 % da população viva em cidades.
Para mim enquanto português se for inteligente tenho todas as necessidades energéticas resolvidas.
Há que apostar no teletrabalho para evitar deslocações desnecessárias, em redes de metro e comboios aliadas a aeroportos, que não nos obriguem à dependência do petróleo e dou esta receita aos países com as nossas características. 
Hoje 70% ou mais da energia eléctrica que consumimos provém das energias renováveis, 50% do vento e 20 % da água e das barragens reversíveis, pelo que se ainda apostarmos na energia solar como cobertura de edificios poderemos optimizar ainda mais o espaço de que dispomos, e dadas as baixas tensões a que funcionam todos os dispositivos atrás referidos que poderiam ser alimentados por baterias de lithium, também poderiam ser alimentados através de uma simples célula fotovoltaica.
No litoral português dada a inércia térmica das águas do Atlântico não é necessária grande quantidade de calor para aquecimento de residências ou espaços de trabalho pelo que a energia eléctrica necessária seria numa habitação comum seria apenas para alimentar o frigorífico ou televisão.
No interior português e da península Ibérica há necessidade de muito maiores quantidades de calor pelo que é necessária uma rede de gás natural que sirva as necessidades de aquecimento, inteligente, dado que, um esquentador, uma caldeira ou uma bomba de calor, poderem ser usados mais inteligentemente do que por exemplo um termoacumulador eléctrico que tem de estar sempre ligado afim de termos sempre água quente disponível. Por isso apesar de poderem haver algumas centrais termoeléctricas a gás natural, faz mais sentido haver uma rede de gás natural para aquecimento de águas, aquecimento de edifícios e confeção de alimentos.
Para isso e apesar de o gás natural ter aumentado de preço, uma ligação da UE à Argélia que tem as maiores reservas de gás natural do mundo, seria importante até na concorrência internacional deste combustível com quer a Rússia quer os próprios EUA que também exportam gás em navios.
Dada a atual distribuição da população portuguesa, sobretudo no litoral, as necessidades de energia são quase autosupridas pela energia do vento e da água.
Não nos iludamos também, será sempre necessário veículo individual, e até lembrar que um dos espectáculos mais interessantes de ver em televisão, são as competições com motos, e dado o clima do nosso país, o trânsito nas cidades e o combustível necessário bem como até alguma indústria na área dos motociclos, será também de não estigmatizar esta forma de locomoção.
Quanto ao ordenamento do território português, europeu e mundial continuará a passar por redes de transporte e de comércio, mas também por redes de comunicações.
Advogo uma politica de metros de superfície ou não para cidades de 300/ 500 mil habitantes ou mais ou áreas metropolitanas com essa dimensão  com aeroportos ligados a cidades de outros países da UE ou do mundo com estas ou outras características.
Advogo um aeroporto para o centro do país a ser edificado na base de Montereal, mas também para outras áreas com alguma dimensão como Braga/Guimarães ou até Viseu ou outras.
Prefiro para os aeroportos o espírito das estações de metro de Londres, que são do mais simples e prático possível. 
Qualquer coisa como 25 milhões de euro daria para edificar um aeroporto na base de Montereal ou no aérodromo em Viseu.
Tendo em conta que a maioria das pessoas não tem qualquer literacia financeira, lembro que o metro do Porto tem provavelmente as melhores estações do mundo e só custou 1000 milhões de euro, e lembro também aos próprios arquitetos que tal como os engenheiros têm de fazer relações de custo-benefício sendo um absurdo propor-se uma nova ponte para o Porto com custos de 4,5 mil milhões de euro ou até os cerca de 450 milhões de euro que custaram as obras do aeroporto Sá Carneiro no Porto.
Provavelmente para a área metropolitana de Lisboa, Montijo será a melhor opção, mas tendo em conta que um aeroporto em Montereal é necessário e tem custos irrisórios.
Tudo isto porque o turismo é o futuro e será sempre de diversificar, dado cidades como Lisboa e Porto terem também um grande crescimento quer em termos de edificações quer por outro lado por algum excesso de turistas, algo que sucede em muitos países da Europa, como França, Espanha, Inglaterra ou República Checa, pelo que há também que levar pessoas dessas cidades a outras e tirar algumas das cidades capitais low-cost senão fenómenos como a recente Pandemia serão sempre uma "vingança" dessas populações.
Os setores mais importantes da sociedade portuguesa são o turismo, a construção e a energia.
Vivemos numa rede física mas vivemos também numa rede de comunicações, pelo que o mundo digital é um mundo praticamente sem custos e sem desperdícios, pelo que tal como os arquitetos portugueses aproveitaram do desenho assistido por computador também todas as outras artes poderão tirar proveito do smartphone.
Como vivemos numa rede física e numa rede de comunicações é fácil e quase sem custos fornecer conteúdos para essas redes.
Contudo, com a minha formação de arquiteto e sabendo o que sei das redes de comunicações, é necessário organizar a rede física, quer de aldeias, vilas, cidades, áreas metropolitanas, senão os conteúdos das redes de comunicação, nomeadamente das televisões refletirá sempre a rede física, daí o absurdo de telejornais de 2h, de preencher as noites dos canais generalistas com fotonovelas esquecendo a excelência do cinema e até animação portugueses.
O futebol é a âncora da televisão europeia, e uma futura ou presente construção europeia passa também pelo futebol e outros desportos. Teremos é também de encontrar mais espaço no cabo e nas televisões em sinal aberto para produtos de outro género, quer sejam outros desportos ou quaisquer manifestações culturais, temos uma óptima luz, pelo que as artes que necessitam dela como a fotografia, o cinema, a pintura, etc deveriam ter msis espaço audiovidual, quer como a generalidade das outras artes, que são os espectáculos a par do humor que apeteceria ver em televisão ou até ligados a uma mais eficaz circulação de obras pelos excelentes centros culturais que foram edificados em Portugal.
Como o futebol é a âncora das televisões e a televisão é a âncora dos outros media, parece-me necessário tentar abrir o espaço audiovisual a outras áreas do conhecimento e da cultura por um lado e por outro lado organizar melhor fisicamente o território. 
Para muitos o periodo da Pandemia terá sido um alívio quer em relação às deslocações diárias, ao lado agressivo da vida nas cidades, à organização do tempo e do espaço mas também um período em que se retomaram hábitos de excessivo tempo a ver televisão, é só olhar as grelhas dos principais canais e ver a que horas aparecem os seus programas de maior audiência, ou até a que horas vão para o ar os programas com socialites e jogadores de futebol.
O espaço europeu e mundial é um espaço físico mas é também um espaço da comunicação e as derrotas e vitórias das equipas de futebol e seleção portuguesa refletem quer o espaço audiovisual quer o espaço físico de Portugal.
Enfim como habitante de Portugal já não advogo as baterias de lithium como energia da locomoção pois passaría-mos de novo para a economia da mina, e escavar-mos para nos locomover-mos não faz muito sentido, tendo em conta a abundância de combustíveis fósseis, nomeadamente o petróleo para deslocações em veículos pessoais e de gás natural para necessidades de aquecimento e energias renováveis para tudo o resto.

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