Oficio CMM - Solar dos Albuquerques
A Depois de um ofício da Câmara Municipal de Mangualde da passada seta-feira que me parece descabido e absurdo, onde depois de ter feito um pedido de apoio técnico quer à C.M.M. quer à Direção Geral de Cultura do Centro, vi rejeitado, desprezado e ignorado esse pedido, pelo que voltei a fazer o mesmo pedido à C.M.M. que se excusou num decreto-lei que em resumo diz que um ofício de um organismo público só pode ser objeto de contestação ou revogação, 2 anos depois da emissão do mesmo.
Como o que pretendia era muito simplesmente realizar um conjunto de trabalhos no Solar dos Albuquerques em Mangualde no espírito de comunicação prévia, sendo essa uma condicionante a par do orçamento disponível bem como os dados técnicos e culturais indispensáveis à formalização de uma proposta que os sintetizasse, venho expor publicamente e criticar cultural e politicamente a decisão da autarquia de Mangualde e a falta de apoio técnico da DGCC e da arquiteta Cátia Cunha, agindo mesmo em sentido inverso.
Sucintamente, realizei todo o trabalho técnico necessário à realização de obras de conservação do Solar dos Albuquerques, fiz através do primo de Cátia Cunha, Samuel Cunha na qualidade de empreiteiro uma comunicação prévia à C.M.M. que foi rejeitada unicamente por o Solar se encontrar na zona de proteção da Capela do Rebelo e obras a realizar dentro de zonas de proteção necessitarem de um licenciamento, pelo que foi contactada a arquiteta Cátia Cunha a quem enviei todo o trabalho técnico que julguei necessário à realização das obras de conservação.
A arquiteta utilizou uma pequena parte desses dados, na sua opinião para evitar uma classificação do edifício e celeridade na aprovação do pedido de informação prévia, que mereceu parecer favorável quer da DGCC quer da autarquia de Mangualde em outubro de 2021, depois de lhe ter enviado extensa e exaustiva informação técnica em 19 de agosto de 2020.
Em 2016 já tinha realizado a maior parte da análise técnica sobre o Solar dos Albuquerques que me permitiu sintetizar uma proposta de acordo com o pouco dinheiro que possuía, e que não me permitia pagar uma grua bem como mais alguns trabalhos que julgo necessários e para os quais hoje tenho dinheiro disponível.
Como a arquiteta não respondeu às questões técnicas e estruturais que lhe coloquei, tornar-se-iam simplesmente uma operação cosmética os trabalhos a realizar no Solar e na cobertura do Solar. Pareceu-me insuficiente a proposta do engenheiro Samuel Cunha e desproporcionadas as intenções do engenheiro Mendes Ferreira, que contradizia a necessidade de evitar questões burocráticas e celeridade de processos expressas no PIP apresentado pela arquiteta e que obteve aprovação.
Como o que foi exposto no PIP é uma pequena parte de todo o trabalho que realizei e contínuo a realizar de análise técnica, histórica, estrutural, cultural e de que enviei um extenso conjunto de desenhos técnicos precisos à C.M.M. e D.G C.C., a par de também extensa e exaustiva informação sobre tudo o que conforma o Solar e como não encontro qualquer apoio público que leve à realização dos trabalhos que julgo necessário realizar, até pelo contrário só me deparo com obstruções, quer da parte destes organismos públicos quer da parte de arquitetos e engenheiros, venho expor publicamente, política e culturalmente estes factos.
Parte relevante da informação técnica que realizei está publicada nesta aplicação.